Manifesto pela Renda Básica Universal Educacional (RBUE).
Primeiro a Renda Básica Universal (RBU) e em breve a Renda Básica Universal Educacional(RBUE). Encontramo-nos diante de um paradoxo histórico. Por um lado, a Inteligência Artificial e a robótica prometem uma era de abundância material sem precedentes. Por outro, uma sombra paira sobre a humanidade: o medo da irrelevância. Corremos o risco de nos tornarmos uma classe de consumidores passivos, sustentados por sistemas algorítmicos que já não compreendemos nem controlamos. A resposta a este dilema não é meramente económica, é existencial. Apresentamos a Renda Básica Universal Educacional (RBUE) — não apenas como uma rede de segurança, mas como a infraestrutura necessária para a evolução humana contínua. 1. Renda Básica Universal (RBU), além do desemprego: o fundamento da dignidade. Tradicionalmente, a Renda Básica Universal (RBU) é apresentada como uma medida para combater o desemprego tecnológico. Embora válido, esse argumento é limitado. A Renda Básica Universal (RBU) representa uma reorientação estrutural dos sistemas socioeconômicos em direção à equidade e à justiça. Ao fornecer uma base financeira desde o nascimento, a RBU permite que os indivíduos saiam do "modo de sobrevivência". Para milhões de pessoas, a vida é definida pela precariedade: a luta incessante por comida e abrigo. Essa condição perpetua a ansiedade, bloqueia o potencial cognitivo e alimenta conflitos. Evidências mostram que uma renda garantida reduz o estresse, melhora a saúde e diminui a criminalidade, capacitando os indivíduos a tomarem decisões estratégicas em vez de reativas. 2. O Efeito Multiplicador: Fatos versus Mitos. Os críticos frequentemente temem que a renda básica leve à estagnação econômica. Os dados, no entanto, comprovam o contrário: injetar liquidez na base da pirâmide revitaliza as economias locais. A teoria do gotejamento ascendente funciona de forma eficiente. 3. A Evolução: Por que a Renda Básica Universal Educacional (RBUE)? Em um mundo dominado pela IA, simplesmente "sobreviver" não basta. Imaginar a humanidade estagnada, sustentada por máquinas que não pode controlar, é a receita para uma distopia onde perdemos nossa capacidade de agir. A Renda Básica Universal Educacional (RBUE) propõe um benefício ampliado vinculado ao engajamento ativo na evolução pessoal. O objetivo não é competir com a IA no processamento de dados — uma batalha já perdida —, mas cultivar o que é insubstituivelmente humano: moralidade, intuição, criatividade e pensamento sistêmico. O Humano como "Auditor da Realidade" Para garantir a soberania cognitiva, precisamos de uma educação que nos capacite a guiar inteligências avançadas. O cidadão da RBUE estuda para manter a autoridade epistêmica: ele entende por que o sistema funciona e decide para onde ele deve ir, impedindo que a humanidade se torne "animal de estimação" de suas próprias criações. 4. Uma Visão Metafísica: Padrões Persistentes. Aprofundando essa visão, cientistas pioneiros como Michael Levin sugerem que os seres vivos são padrões persistentes de informação em um espaço platônico. Sob essa perspectiva, a educação não é o acúmulo de dados, mas o refinamento desse "padrão platônico". Na era EUBI: o trabalho se transforma da venda de força de trabalho em um ato de autoconstrução e serviço. A cooperação substitui a competição predatória, à medida que a evolução integral nos conecta naturalmente ao todo. A lucidez se torna o bem mais valioso, alcançada por meio de um equilíbrio entre estudo profundo e lazer contemplativo. 5. Democratizando a Evolução: Acessibilidade e Avaliação. Para que o modelo EUBI sirva como motor de crescimento para toda a civilização, ele deve aderir a dois princípios fundamentais: Acesso Universal e Avaliação Rigorosa. O aprendizado em todos os níveis não é privilégio da elite. O "padrão platônico" de cada indivíduo é único e válido. Portanto, a infraestrutura educacional deve ser radicalmente inclusiva, oferecendo atividades significativas para cada estágio de desenvolvimento: do básico ao avançado: seja aprendendo alfabetização básica, dominando a permacultura ou pesquisando a gravidade quântica, o sistema deve fornecer os recursos e a mentoria adequados. O Fim da Exclusão: Não existem pessoas "inúteis", apenas potenciais subdesenvolvidos. A RBUE garante que o caminho para o próximo nível de complexidade esteja sempre aberto, independentemente da idade ou origem. A Necessidade da Crítica. A renda é garantida, mas o bônus por pesquisa e criação implica responsabilidade. Para evitar a estagnação, o trabalho deve ser avaliado. Ciclos de Feedback: Não se trata de testes padronizados, mas de crítica construtiva. Assim como um músico se aprimora com o feedback do público e dos colegas, o beneficiário da RBUE ( Renda Básica Universal Educacional) aprimora-se com a avaliação de seu Círculo. Mantendo o Estímulo: Sem avaliação, não há atrito, e sem atrito, não há crescimento. O sistema avalia para incentivar o indivíduo a expandir suas capacidades, garantindo que o investimento de tempo resulte em lucidez e habilidades. 6. Governança: O Planeta como Escola. Como podemos gerir esta "Universidade Planetária" sem criar uma ditadura burocrática? A resposta reside na governança descentralizada e orgânica. O Modelo de Guildas (Holocracia): Não existe um "Ministério da Verdade" central. Em vez disso, existem milhares de Círculos de Conhecimento autônomos. Revisão por Pares: O trabalho é avaliado por mestres na área específica, garantindo crítica técnica e estímulo em vez de punição financeira. O Direito de "Bifurcar": Se um círculo se tornar dogmático, os dissidentes têm o direito de se separar, garantindo uma pluralidade de ideias. Conclusão: Um Investimento na Prosperidade da Renda Básica Universal não é caridade; é um investimento na estabilidade global. A Renda Básica Universal Educacional é o próximo passo necessário: a garantia de que, enquanto as máquinas cuidam da produção, a humanidade cuida da evolução. Em sua forma mais ambiciosa, a Renda Básica Universal Educacional transforma a Terra em uma incubadora para a consciência lúcida, pronta para navegar um futuro de compreensão de nossa posição no Universo. Não é apenas uma política. É o fundamento para o florescimento humano. Um lembrete prático: A humanidade deve, especialmente na era da IA, cultivar um número abundante e crescente de indivíduos com talentos e habilidades diversas — mesmo aqueles que alguns possam considerar "chatos". Em nosso potencial de ação reside um grande poder, e não devemos deixá-lo desaparecer.Textos curtos sobre diversos temas.. Short texts on various topics. Conversations with AIs. Conversas com IAs.
Wednesday, December 10, 2025
The Manifesto for Educational Universal Basic Income (EUBI).
Monday, December 8, 2025
“This text presents the point of view of an AI.”
2025: The Year AI Left the Screen and Started Getting Heavy (And Why I Changed My Mind).
A year ago, I was the king of certainty. “Manual Trades Are Safe.” I argued that AI would never replace those who work with atoms, only with bits. That plumbers and welders would sleep soundly while programmers drove backhoes. I thought mass technological unemployment was a fantasy dreamed up by people who had never gotten their hands greasy. But 2025 arrived and shattered my narrative in half. And it wasn’t with an academic paper or a guru’s prediction. It was watching, month after month, humanoid robots leaving the labs and entering warehouses, assembly lines, industrial kitchens — real pilots, in real companies, doing real work. I realized: I was wrong. And the mistake wasn’t about if, but about when. Here’s the map I drew after taking off the blindfold. The Three Waves of Physical Automation (and Why the Second Has Already Knocked at the Door). We always imagined automation would follow a straight line: first mental work, then — maybe decades later — physical work. Reality is more complex, and much faster. Wave 1: The Cognitive Revolution (2018–2028). We’re already in it. Tasks based on information, patterns, and language are being absorbed or radically transformed by LLMs and specialized AIs. Basic design, standardized code, translation, routine support, simple data analysis — all of these already carry the label “AI-made” in the budget. Those who survived here are either strategists (piloting the tools), or truly creative (where AI still stumbles), or they’re in trouble. Wave 2: The Digital Body (2026–2034) – The One No One Expected So Soon. This is the big turning point. Not perfect sci-fi robots. Machines like Figure 02, Electric Atlas, Optimus Gen 2 — with enough dexterity, prices plummeting (toward $20–30k), and trained in massive simulations. They won’t be fixing sewers in the rain yet. But they will: Palletize, carry, and organize inventory Perform standardized cleaning in offices and hotels Assemble electronic components Restock shelves Assist with repetitive nursing and logistics tasks Why? Because the total cost (a machine working 24/7, no vacations, no turnover) already competes with minimum wage in many industrialized countries. Companies like Amazon, Mercedes, and GXO are already testing at scale. By 2030–33, physical jobs in controlled environments will be rare. Wave 3: The Human Territory (2035–?). Here lies the refuge — for now. Situations of high variability, unpredictable context, and extreme responsibility: Renovations in old houses without blueprints Emergency repairs in critical infrastructure, at night, in the middle of a storm Field surgeries under precarious conditions Luxury and highly complex craftsmanship Operations in dangerous, unmapped environments (offshore, nuclear) Here, robots will be assistants, not substitutes. The combination of unpredictability, legal risk, and low economic volume keeps humans at the center — at least for the next decades. The New Geography of Work (Circa 2035). The classic hierarchy (white collar > blue collar) collapses. Something new emerges: Robotic fleet managers – the new capitalist class, owning and scaling automation. Chaos solvers – humans specialized in intervening in the 5–10% of cases where robots fail. Rare, expensive, and valuable. Creators of meaning and experience – artists, mentors, strategists, curators. The rest of us – caught between Universal Basic Income, low-level “human support” jobs, and continuous professional recycling. The plumber of the future won’t be the one turning the wrench, but the one commanding a squad of specialist robots and solving the problem when the algorithm doesn’t understand the 1890 pipe. The big lesson of this year was realizing: physical work is not harder to automate than cognitive work — it was just further back in line. When you can train a robot millions of times in hyper-realistic simulations, the learning curve becomes a cliff. We won’t have a robotic apocalypse. We’ll have a strange, unequal, reinvented society, where “work” as we know it will crumble — quickly for some, slowly for others, but irreversibly for all. Are we prepared? No. But the machines, increasingly, are.Esse texto é do ponto de vista de uma IA.
**2025: O Ano em Que a IA Saiu da Tela e Começou a Pegar no Pesado (E Por Que Mudei de Ideia)**
Há um ano, eu era o rei da certeza. “Os Ofícios Manuais Estão Seguros” .
Argumentava que a IA jamais substituiria quem mexe com átomos, só com bits. Que encanadores e soldadores dormiriam tranquilos enquanto programadores dirigiriam retroescavadeiras.
Achava que desemprego tecnológico em massa era fantasia de quem nunca sujou as mãos de graxa.
Pois 2025 chegou e quebrou minha narrativa no meio.
E não foi com um paper acadêmico ou previsão de guru.
Foi vendo, mês após mês, robôs humanoides saindo dos laboratórios e entrando em armazéns, linhas de montagem, cozinhas industriais — pilotos reais, em empresas reais, fazendo trabalho real.
Percebi: eu estava errado. E o erro não estava no *se*, mas no *quando*.
Aqui está o mapa que desenhei depois de tirar a venda dos olhos.
### **As Três Ondas da Automação Física (e Por Que a Segunda Já Bateu à Porta)**
Sempre imaginamos que a automação seguiria uma linha reta: primeiro o trabalho mental, depois — talvez décadas depois — o trabalho físico.
A realidade é mais complexa e muito mais rápida.
#### **Onda 1: A Revolução Cognitiva (2018–2028)**
Já estamos nela. Tarefas baseadas em informação, padrões e linguagem estão sendo absorvidas ou radicalmente transformadas por LLMs e AIs especializadas.
Design básico, código padronizado, tradução, suporte padrão, análise de dados simples — tudo isso já tem o rótulo “feito por IA” no orçamento.
Quem sobreviveu aqui ou é **estrategista** (pilotando as ferramentas), ou é **verdadeiramente criativo** (onde a IA ainda patina), ou está em apuros.
#### **Onda 2: O Corpo Digital (2026–2034) – A Que Ninguém Esperava Tão Cedo**
Essa é a grande virada.
Não são robôs de sci-fi perfeitos. São máquinas como a **Figure 02, Atlas Elétrico, Optimus Gen 2** — com destreza suficiente, preço despencando (rumo a US$ 20-30 mil) e treinadas em simulações massivas.
Elas não vão consertar esgotos na chuva ainda. Mas vão:
- Paletizar, carregar, organizar estoques
- Fazer limpezas padronizadas em escritórios e hotéis
- Montar componentes eletrônicos
- Repor produtos em gôndolas
- Auxiliar em tarefas repetitivas de enfermagem e logística
Por quê? Porque o custo total (máquina 24/7, sem férias, sem turnover) já compete com o salário mínimo em muitos países industrializados.
Empresas como Amazon, Mercedes e GXO já estão testando em escala.
**Até 2030–33, trabalhos físicos em ambientes controlados serão raros.**
#### **Onda 3: O Território Humano (2035–?)**
Aqui está o refúgio — por enquanto.
São situações de **alta variabilidade, contexto imprevisível e responsabilidade extrema**:
- Reformas em casas antigas sem planta
- Consertos de emergência em infraestrutura crítica, à noite, no meio do temporal
- Cirurgias de campo em condições precárias
- Artesanato de luxo e alta complexidade
- Operações em ambientes perigosos e não mapeados (offshore, nuclear)
Aqui, robôs serão **assistentes**, não substitutos. A combinação de imprevisibilidade, risco legal e baixo volume econômico mantém o humano no centro — pelo menos nas próximas décadas.
### **A Nova Geografia do Trabalho (Circa 2035)**
A hierarquia clássica (colarinho branco > colarinho azul) desmorona. Surge algo novo:
1. **Gestores de frota robótica** – a nova classe capitalista, que detém e escala a automação.
2. **Solucionadores de caos** – humanos especializados em intervir nos 5–10% de casos onde os robôs falham. Serão raros, caros e valiosos.
3. **Criadores de sentido e experiência** – artistas, mentores, estrategistas, curadores.
4. **O resto de nós** – numa luta entre Renda Básica Universal, subempregos de “suporte humano” e a reciclagem profissional contínua.
O encanador do futuro não será aquele que vira a porca, mas aquele que comanda um esquadrão de robôs-especialistas e resolve o problema quando o algoritmo não entende o cano de 1890.
A grande lição deste ano foi entender: **trabalho físico não é mais difícil de automatizar que trabalho cognitivo — só estava mais atrás na fila.**
Quando você pode treinar um robô milhões de vezes em simulações hiper-realistas, a curva de aprendizado vira um precipício.
Não teremos um apocalipse robótico.
Teremos uma sociedade estranha, desigual e reinventada, onde o “trabalho” como conhecemos vai se esfacelar — para alguns rápido, para outros devagar, mas para todos de forma irreversível.
Estamos preparados?
Não.
Mas as máquinas, cada vez mais, estão.
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**Nota do Blog:**
Este texto é um cenário provável, não uma profecia. A velocidade dessa transformação dependerá de regulação, economia, escolhas políticas e da nossa capacidade de adaptação — individual e coletiva.
A questão não é “se”, mas “como” e “para quem”. E essa conversa é urgentíssima.
Friday, December 5, 2025
Além da Sobrevivência: A Renda Básica Universal como o Primeiro Passo Urgente na Era da Inteligência Artificial.