Riqueza, Pobreza e Simetria.
Qual é o mecanismo mais básico
que sustenta as enormes e por vezes chocantes diferenças de renda e riqueza entre
as pessoas, prevalente em quase todo o mundo? Basicamente são as regras que
estão consagradas nas leis que ditam a forma como se estruturam as relações
econômicas e outras, entre os membros de diferentes sociedades nacionais. Ao
longo da história humana, essas regras coevoluíram com as relações de poder
envolvendo indivíduos e grupos. O
que gostaria de sugerir é que essas regras e, portanto, as leis que emanam
delas são uma construção coletiva, governada por uma simetria poderosa, que
poderíamos designar de a simetria da vontade de ser rei, de ser feliz para
sempre, da saudade do paraíso. Essa simetria é baseada em características da
psique humana, onde o aspecto referido, com diferentes designações, está
universalmente presente. A simetria propriamente dita consiste na troca
aleatorizada de indivíduos na estrutura social, mesmo em massa, sem produzir
acentuado estresse nas regras que governam as relações econômicas e outras e,
consequentemente, mantendo o status quo vigente, por exemplo, distribuição de
renda e distribuição de riqueza. Embora resistente mudar, a história nos mostra
que essa simetria poderosa evolui ao longo do tempo, o aspecto básico vai
sempre estar presente, mas a qualidade de sua expressão sofre modificações que
levam a mudanças nas regras em direção um nível ético mais avançado. Estudo e
reflexão sobre a natureza das relações socioeconômicas na sociedade humana
poderá acelerar mudanças, daí o ensino regular pré-universitário deveria
incluir disciplinas da área socioeconômica com enfoque, também, em temas como
mérito, valor comparativo dos diversos tipos de trabalho, ganância, lucro,
distribuição de renda. A diferença entre legal e justo, ou seja aquilo que as
regras ou leis vigentes exigem e sua análise sob a ótica ética, ou seja se a
moral vigente se sustenta como lógica e de bom senso.
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